Como a tecnologia inteligente ajuda as cidades a combater o terrorismo e o crime
As cidades inteligentes mais bem-sucedidas estão melhorando a coleta de inteligência, fortalecendo o policiamento e o alcance da comunidade e investindo em novas tecnologias para melhorar a segurança urbana. Dizemos que essas cidades implantam ‘segurança ágil’: abordagens orientadas por dados e orientadas a problemas que aceleram a tomada de decisões e o projeto de mudanças ambientais para limitar a insegurança.
As medidas de segurança ágeis começam com a premissa de que muitos tipos de crime, radicalização e terrorismo não são aleatórios e até mesmo previsíveis. Com algumas exceções, tendem a se agrupar no tempo, no espaço e entre grupos populacionais específicos.
O aumento maciço no poder de computação e os avanços no aprendizado de máquina tornaram possível filtrar enormes quantidades de dados relacionados ao crime e ao terrorismo, para identificar correlações e causas subjacentes. O aproveitamento e o processamento desses fluxos de dados são cruciais para permitir uma segurança ágil nas cidades.
Como uma Cidade Inteligente pode detectar o crime antes que ele aconteça
Uma pré-condição da segurança ágil é a infraestrutura urbana conectada. Quando as autoridades da cidade, empresas privadas e grupos cívicos têm acesso a dados em tempo real – sejam gerados por plataformas de mapeamento de crimes, sistemas de detecção de tiros, CFTVs ou luzes inteligentes – eles podem melhorar a detecção de crimes antes que eles ocorram.
Uma gama crescente de ferramentas de prevenção ao crime não está apenas conectada à nuvem, mas também está executando redes neurais profundas. Como resultado, as autoridades públicas estão lendo placas de carros com mais facilidade, executando softwares de reconhecimento facial, mapeando redes criminosas e terroristas e detectando anomalias suspeitas. Algumas dessas tecnologias estão até processando dados dentro dos próprios dispositivos, para acelerar os recursos de combate ao crime e prevenção de terrorismo.
Outra característica crítica da segurança ágil é a liderança, especialmente no setor de aplicação da lei. Um número crescente de polícias metropolitanas está adotando práticas de policiamento orientadas para os problemas e concentrando-se em pontos críticos para deter e controlar o crime.
Nas América Latina, Oriente Médio e Ásia, a polícia está investindo em ferramentas de aprendizado de máquina para prever quando e onde o crime ocorrerá, conhecido no setor como previsão de crimes de sequência de choque epidêmico em tempo real.
Arquitetura defensiva de uma Cidade Inteligente
Para ser realmente eficaz, a segurança ágil requer mudanças pontuais no ambiente construído para deter e projetar ameaças de crime e terrorismo. A dissuasão pode envolver o uso de arquitetura defensiva, como câmeras inteligentes, luzes de rua, sistemas anti-veículos, muros de proteção e dossel florestal estrategicamente posicionado. O objetivo é reduzir as oportunidades para os criminosos visarem possíveis vítimas ou causar danos.
Os esforços para eliminar ameaças de crime e terrorismo também envolvem mudanças físicas no meio ambiente, incluindo a construção de prédios baixos, espaços verdes e centros comunitários, promoção de comunidades mistas e medidas de renovação em bairros que apresentam desvantagens concentradas. Investimentos em bens públicos de alta qualidade e coesão social podem ajudar a prevenir o crime e a radicalização.
Um requisito final da segurança ágil é evitar restringir as liberdades civis, seja intencionalmente ou não. No mínimo, os governos municipais precisam encontrar maneiras de consultar os moradores da cidade para discutir os motivos e as implicações das novas tecnologias. Isso significa realizar consultas, especialmente nas comunidades mais vulneráveis.
As autoridades locais também devem desenvolver critérios relacionados ao acesso, retenção e recuperação de dados pessoais e incentivar a transparência algorítmica sempre que possível.
Perguntas éticas
Medidas de segurança ágeis podem não apenas prevenir o crime, mas também melhorar a eficiência do sistema de justiça criminal. Por exemplo, algoritmos desenvolvidos na Inglaterra e nos Estados Unidos estão sendo aplicados para determinar se os indivíduos acusados de um crime representam um risco baixo, médio ou alto e se são elegíveis para liberdade provisória ou liberdade condicional individual.
As avaliações de risco informadas por IA podem ajudar os juízes – muitos dos quais têm minutos para decidir se alguém é um risco de fuga, ameaça à sociedade ou pode prejudicar uma testemunha – a fazer julgamentos mais informados.
Apesar de sua promessa, há questões éticas muito sérias geradas pela aplicação dessas novas tecnologias e segurança pública. Por exemplo, sem verificações e contrapesos robustos, as soluções de segurança habilitadas por tecnologia podem corroer rapidamente as liberdades civis, online e offline.
Novas tecnologias de reconhecimento facial e análise de marcha na China estão buscando detectar ‘comportamento suspeito’ coletando todo tipo de informação sobre os cidadãos. A empresa Cloud Walk Technology está extraindo dados pessoais para desenvolver perfis de indivíduos de alto risco.
Indo além da segurança ágil nas cidades inteligentes
É claro que a segurança ágil é mais do que implantar novas tecnologias. Embora a revolução nos assuntos policiais certamente tenha envolvido a digitalização de dados, ela foi impulsionada por uma transformação na cultura e nas práticas policiais. Mesmo assim, os defensores da segurança ágil devem se envolver com a IA com muita cautela, principalmente por causa de seu potencial de reforçar preconceitos.
Porém, se projetada e implantada com diligência e cuidado, a adoção de medidas de segurança ágeis pode gerar economias. No mínimo, eles devem reduzir gastos improdutivos com agências de aplicação da lei, promotores, juízes e autoridades penais. Ao prevenir o crime e o terrorismo por meio de meios habilitados pela tecnologia, governos e empresas também podem reduzir os custos médicos gerados pelas vítimas, reduzir os prêmios de seguro em cidades de alto risco, reduzir os gastos com seguranças privados e melhorar o clima geral de investimento.
Embora não seja um ‘milagre’, a segurança ágil pode ajudar a prevenir e reduzir os riscos de crime e terrorismo. Dependendo da cidade e dos tipos de tecnologias de segurança implantadas, um relatório da McKinsey, publicado este ano (2022), mostra que a implantação inteligente de ferramentas orientadas por dados pode ajudar a reduzir as fatalidades em até 10%, diminuir os incidentes de crime em até 40% e reduzir drasticamente os tempos de resposta a emergências.
Embora seja uma promessa real, é fundamental que medidas de segurança ágeis sejam introduzidas de forma transparente e em consulta com os residentes, com as devidas salvaguardas para a proteção de dados.
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